Quanto ganha um corretor de imóveis?

Quanto ganha um corretor de imóveis?

Um corretor de imóveis ganha, em média, R$ 3.008,00. Porém, é preciso considerar que, geralmente, sua receita é proveniente da comissão (percentual) que recebe pela venda e/ou locação dos imóveis. Por conta disso, essa quantia costuma ser bastante variável

Saber quanto ganha um corretor de imóveis é um dos primeiros passos a ser dado por quem pretende trabalhar nessa área, e não é para menos! Afinal, o potencial de faturamento que essa profissão oferece tende a influenciar na tomada de decisão para uma pessoa começar (ou não) a atuar com corretagem de imóveis.

Mas além desse ponto, é preciso ter em mente que outros fatores devem ser considerados e analisados. Um deles é que os profissionais desse segmento precisam ter habilidades e conhecimentos específicos.

Por exemplo, é necessário concluir um curso específico voltado para essa área, como o de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI). Somado a isso, é obrigatório fazer um estágio supervisionado e, após, solicitar registro no conselho de classe.

No entanto, ao que tudo indica, vale a pena ser corretor de imóveis. De acordo com uma matéria do site Valor Econômico — Imóveis de Valor, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, o número de profissionais de corretagem cresceu 11%.

Segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), citados na reportagem, no início de 2020 eram mais de 430 mil pessoas registradas trabalhando com corretagem de imóveis. Em 2021 esse número subiu para 430 mil.

Achou interessante? Então confira neste artigo quanto ganha um corretor de imóveis, como calcular a comissão pelas vendas, e tudo o que é preciso para trabalhar nessa área.

Quanto ganha um corretor de imóveis?

Afinal, quanto ganha um corretor de imóveis? Considerando os valores apresentados no site VAGAS.com, uma pessoa que trabalha com corretagem de imóveis tende a iniciar na profissão recebendo R$ 2.012,00, podendo chegar à quantia de R$ 4.514,00. Em média, o valor recebido por um profissional desse setor gira em torno de R$ 3.008,00

Entre as atribuições e responsabilidades de um corretor de imóveis estão:

  • captar imóveis para venda e/ou locação;
  • apresentar propriedades novas ou usadas para potenciais clientes;
  • fazer a avaliação de valores de casas, apartamentos, salões, salas comerciais, entre outras propriedades;
  • intermediar a compra e a venda de imóveis;
  • providenciar a documentação para que a transação seja concluída.

Quanto é o salário de um corretor de imóveis?

Mas quando se fala em quanto ganha um corretor de imóveis, é importante destacar que os valores apresentados aqui, não necessariamente, são provenientes de um salário fixo pago mensalmente.

Isso acontece porque, em linhas gerais, esse costuma ser um trabalho autônomo. Desse modo, ainda que esse profissional preste serviço para uma imobiliária, comumente seu faturamento tende a vir das comissões recebidas pelas vendas realizadas.

No entanto, é preciso que você tenha em mente que isso não é uma regra. A depender da empresa para a qual está prestando serviços, e do acordo firmado entre as partes, pode acontecer de o corretor de imóveis receber uma quantia fixa, ou mesmo uma ajuda de custo para arcar com despesas como combustível, alimentação, entre outras similares.

Aqui, vale destacar também que quando esse profissional trabalha por conta, seja com o seu próprio CNPJ ou não, sua receita é toda proveniente das vendas que realiza, visto que ele não tem nenhum vínculo com empresas da área que podem pagar valores fixos mensais.

Em resumo, quer dizer que as quantias que apresentamos podem variar para mais ou para menos. Porém, dão uma boa noção de quanto ganha um corretor de imóveis.

Dica de leitura: “Entenda a diferença entre profissional liberal e autônomo”.

Como calcular a comissão do corretor de imóveis?

Mas se, geralmente, um corretor de imóveis ganha por comissão, como é feito esse cálculo? Possivelmente é essa dúvida que está na sua cabeça agora, não é mesmo?

Sobre isso, partimos do princípio que esse profissional recebe pelos serviços de corretagem prestados ao cliente, que costuma ser o dono do imóvel que está sendo vendido ou alugado. 

Essa quantia, por sua vez, deve ser definida logo no início da parceria e, preferencialmente, registrada em um contrato de prestação de serviços, a fim de evitar desentendimentos e prejuízos financeiros para qualquer uma das partes envolvidas.

Nesse documento também devem estar descritas definições como:

  1. percentual a ser pago ao corretor de imóveis sobre a venda e/ou locação realizada;
  2. em quais condições a quantia será paga — por exemplo, se ele receberá pela prestação de serviços mesmo se a negociação não for concluída;
  3. maneira como o valor da comissão será pago, tais como à vista após a assinatura do contrato de compra e venda, uma entrada e o restante no dia da entrega das chaves etc.

Mas no que diz respeito ao cálculo da comissão de corretor de imóveis, propriamente dito, ele pode ser feito da seguinte maneira:

  1. imóveis urbanos e/ou industriais: comissão entre 6% e 8% sobre o valor total da venda;
  2. imóveis rurais: entre 8% e 10% do valor da venda;
  3. vendas judiciais: 5% sobre o valor da imóvel negociado;
  4. locação: em contratos anuais, a quantia a ser paga pela prestação do serviço tende a ser o primeiro aluguel integral. Nos meses seguintes, uma porcentagem decorrente da administração da propriedade (recebimento do valor pago pelo inquilino e transferência da quantia para o proprietário).

Ainda no que se refere ao pagamento de comissões, é bem importante destacarmos que não há uma legislação sobre o assunto que determine quais porcentagens devem ser cumpridas.

Por conta disso, é bastante indicado ao corretor de imóveis consultar o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) ao qual está vinculado, especialmente se trabalha por conta própria.

Caso preste serviços para uma imobiliária, é preciso considerar também que a empresa pode ficar com uma parte do valor recebido, mais uma vez, dependendo do que foi acordado entre eles.

É bom trabalhar como corretor de imóveis?

Assim como dissemos no início deste artigo, pode ser muito bom trabalhar como corretor de imóveis. Entre as razões que justificam esse ponto de vista, algumas das que mais se destacam estão:

  1. poder fazer os seus próprios horários de trabalho;
  2. não ter a obrigatoriedade de ter um curso superior;
  3. ter a chance de receber boas comissões pelo serviço prestado;
  4. ser o seu próprio “chefe”;
  5. ausência de restrição de idade, gênero, ou outras características para exercer a função.

O que é preciso para trabalhar como corretor de imóveis?

Podemos dizer que não é nada complicado trabalhar como corretor de imóveis. Para exercer essa atividade econômica basta:

  1. ser maior de 18 anos;
  2. ter o ensino médio completo;
  3. fazer o curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou ter o superior de Gestão em Negócios Imobiliários;
  4. se inscrever no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) para obter a carteira profissional correspondente a essa função.

Cumpridos esses passos, há algumas opções de trabalho, que são:

  1. prestar serviços para uma imobiliária;
  2. prestar serviços para uma construtora;
  3. trabalhar por conta como pessoa física (PF);
  4. trabalhar por conta como pessoa jurídica (PJ).

Diferenças entre ser corretor de imóveis PF e PJ

Como dissemos algumas vezes ao longo deste artigo, é possível a um corretor de imóveis prestar serviços a uma companhia desse setor, mesmo que esse seja um serviço que pode ser realizado de forma autônoma.

Mas caso prefira trabalhar por conta própria, esse profissional pode fazer isso como pessoa física — ou seja, sem ter um CNPJ —, ou como pessoa jurídica, que é abrindo empresa e se tornando dono do seu próprio negócio.

Em linhas gerais, atuar como PJ tende a ser mais lucrativo. Um dos principais motivos é que os tributos pagos por quem tem CNPJ pelas transações comerciais costumam ser menores.

Para se ter uma ideia, das pessoas físicas são cobrados 15% sobre o valor do lucro da negociação. Já das pessoas jurídicas esse percentual pode ser de, por exemplo, 5,93% — tomando como exemplo o regime tributário Lucro Presumido.

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Quanto a isso, vale destacar que quem tem CNPJ sempre pagará taxas de impostos sobre vendas conforme percentual apontado na tabela do regime de tributação escolhido.

Outra vantagem de ter o seu negócio legalizado é que isso confere muito mais credibilidade no relacionamento com os clientes, assim como pode abrir as portas para a realização de vendas muito mais expressivas.

Sugestão de leitura: “Abrir empresa para compra e venda de imóveis: pessoa física ou jurídica?

Como se tornar um corretor de imóveis com CNPJ?

Corretor de imóveis não pode ser MEI, visto que essa profissional exige registro junto a um conselho de classe específico.

Por conta disso, para obter o CNPJ é preciso escolher outra natureza jurídica, como ME (Microempresa) ou EPP (Empresa de Pequeno Porte), a depender do faturamento mensal do negócio.

Também é necessário definir qual será o regime societário e o regime tributário, sendo as opções desse último Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.

Não se pode deixar de escolher o CNAE, Classificação Nacional de Atividades Econômicas, certo, a fim de garantir a cobrança tributária certa para a função — para corretores de imóveis costuma ser usado o código 6821-8/01, corretagem na compra e venda e avaliação de imóveis.

Tudo isso pareceu um tanto complicado? Pois saiba que com a ajuda de um escritório de contabilidade, desde os primeiros passos, esse processo se torna muito mais fácil.

Com a Contabilizei você consegue abrir empresa sem nem precisar sair da sua casa ou escritório. Com o suporte de um contador online é possível realizar todos os trâmites necessários para obtenção do CNPJ de corretor de imóveis, e ainda ter a prestação de serviços contábeis mensalmente.

Para saber como funciona, basta acessar agora mesmo o site da Contabilizei.

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Escrito por:

Guilherme Soares

Guilherme Soares é vice-presidente de Aquisição e Receita da Contabilizei, onde atua desde 2018. O executivo lidera as verticais de negócios de Aquisição de Novos Clientes e de Gestão dos Clientes, sendo responsável por growth marketing, comercial, novos negócios, produtos e gestão da unidade de negócios, áreas que são essenciais para garantir a atração, a conversão e a fidelização de clientes. Como um dos responsáveis pelo crescimento acelerado da companhia, reúne as ferramentas e as habilidades necessárias para implantar teses de crescimento e gerir a qualidade dos serviços prestados, visando conquistar diferentes patamares e sustentar a liderança de mercado em um ambiente competitivo. Engenheiro formado pela USP, concluiu mestrado em Gestão e Administração de Negócios pela London Business School e participa constantemente de programas de treinamento relacionados à gestão e ao crescimento de negócios, como o programa Empreendedorismo e Competitividade na América Latina pela Columbia Business School e o Innovation & Growth da universidade de Stanford. No passado, exerceu a função de consultor estratégico de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo.

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